Cirurgia Refrativa para correção do grau
A cirurgia refrativa realizada na córnea ganhou popularidade entre os oftalmologistas com os relatos iniciais de Fyodorov em 1979, Bores em 1980 e Waring em 1982, utilizando-se a técnica de ceratotomia radial. Milhares de cirurgias foram realizadas em
Os primeiros resultados de cirurgias realizadas com excimer laser em olhos humanos, foram relatados por Mc Donald em 1989 e Seiler em 1990.
As técnicas foram aperfeiçoadas com o surgimento da aberrometria e das ablações personalizada. Exames pré-operatórios mais sofisticados e aparelhos de excimer laser mais modernos aumentaram a segurança, a precisão e a possibilidade de sucesso dos procedimentos. Nos últimos anos começou-se a utilizar também o laser de fentosegundo para confecção da lamela na técnica de Lasik.
O advento do excimer laser aumentou a sua precisão e previsibilidade, assim como reduziu o risco de danos à córnea capazes de causar astigmatismos irregulares e comprometimento da acuidade visual, tornando-se um procedimento oftalmológico com bom nível de segurança, considerando o baixo índice de complicações. Nos casos bem indicados, a cirurgia refrativa tem-se mostrado eficaz e de efeito duradouro.
Desvantagens
Cirurgia refrativa é um procedimento cirúrgico e está sujeita a problemas, como todas as cirurgias.
Complicações relacionadas com a habilidade do cirurgião, com a técnica cirúrgica utilizada e com a conduta do paciente e do médico no pós-operatório, também podem ocorrer. Infecção continua sendo a complicação mais grave; embora rara e possa ser tratada com sucesso, algumas vezes causa grande comprometimento da acuidade visual, podendo levar à cegueira.
Apesar da correção do grau geralmente ser duradoura ela não é definitiva. O olho apresenta períodos de relativa estabilidade, entretanto sofre mudanças refracionais ao longo da vida. Como se trata de um procedimento cirúrgico, ele não pode ser renovado, modificado ou substituído a cada mudança de grau, como acontece com os óculos e com as lentes de contato.
Autoria:
Dr. Newton Kara José