Muitas crianças em idade escolar vão mal na escola em decorrência de a falta de óculos

A falta de óculos pode ser a barreira intransponível para o desenvolvimento e entrosamento sócio – educacional de uma criança.

Publicado por: WV Comunicação e MKT em 19/08/2018

Como caso extremo, vez por outra, encontramos crianças tidas como deficientes mentais, quando na realidade são portadoras de altos graus, que limitam seu entendimento e participação no mundo que as cercam. Calcula-se que 6% dos escolares de 1ª série, necessitem de correção óptica.

Porém lentes incorretas ou desnecessárias, principalmente em crianças, podem causar problema de relacionamento social, de desenvolvimento cognitivo ou mesmo facilitar a instalação de ambliopia (perda de visão de um olho, ou eventualmente de ambos os olhos, sem haver alteração oftalmológica subjacente que a justifique. Ocorre quando o cérebro recebe estimulação visual insuficiente durante o chamado período crítico do desenvolvimento visual)1 e/ou estrabismo.

A prescrição de óculos é uma arte em que a detecção das condições ópticas do olho é um dos “elementos” a serem considerados , juntamente com a idade , atividades e dificuldades visuais da pessoa.

Assim, não resta dúvida que a correção do grau é um importante problema de saúde pública, sendo dever do Estado e dos Oftalmologistas cuidarem para que toda a população tenha acesso a esse benefício, que se completa com a obtenção de óculos a custos compatíveis com a realidade do indivíduo.

Mas o que são erros refrativos?

“Erros refrativos’ ou “Erros de refração” são resultados de uma condição anatômica do olho em que as imagens dos objetos não são focadas corretamente na mácula. Assim, temos:

Hipermetropia: Erro de refração em que o olho é menor do que o normal (distância antero - posterior) e assim a imagem se forma atrás da retina .Os hipermétropes tem dificuldade em enxergar de perto , e necessitam de um grande esforço para acomodar a imagem na retina. Por isso, podem apresentar sintomas: cefaléia (dor de cabeça), sensação de peso nos olhos, ardor e hiperemia (olho vermelho) aos esforços visuais para perto. A correção é com feita com lentes convergentes (que trazem a imagem para frente).

Miopia : Erro de refração, no qual o olho é maior que o necessário (distância antero - posterior) e a “imagem” forma-se num ponto antes de atingir a retina. A dificuldade é a de ver nítido à distância. Para compensar esse vício de refração, o indivíduo tende a franzir a testa o que pode desencadear cefaléia frontal. Usa - se nesses casos lentes divergentes (que empurram a imagem para trás).

Astigmatismo: Quando a córnea não é esférica, a sua curvatura difere de um ponto para o outro, e a imagem formada na retina será distorcida. A essa condição, dá-se o nome de astigmatismo. Usa-se para correção, lentes cilíndricas. Também existe o astigmatismo chamado residual, que é raro e é causado por irregularidade na face posterior da córnea ou do cristalino.

Na faixa etária dos 5 a 15 anos de idade, a prevalência da miopia varia de 3% a 35%; hipermetropia de 0,4% a 17% e o astigmatismo de 2,2% a 34% dependendo da região e do grau de urbanização. 2. Bibliografia consultada:

Procianoy E, Vadas MSG.Ambliopia. In “Farmacologia e Terapêutica Ocular”.Ed Guanabara Koogan, Gen e Cultura Médica. 2013.

Nakanami C, Leite C.: Erro refrativo. In Taleb A, Zin A, Arieta C, Nakanami C, Ventura R. “Prevenção à Cegueira: 10 anos para 2020”. WalPrint, RJ, 2010:135-146.

Autoria: Dr. Newton Kara José