Conselhos para quem tem vista cansada ou presbiopia

Quando um indivíduo atinge a idade de 40,45 anos, o cristalino passa por modificações.

O cristalino (lente natural, transparente, flexível, que se localiza dentro do olho atrás do disco colorido chamado de Iris), começa a perder a sua elasticidade, tornando-se mais rígido e com isso, dificultando o foco para perto.

Essa mudança no cristalino acarreta piora na visão de perto (como leitura, bordado, escrita, etc...) e não é repentina, mas sim, gradativa, isto é, a piora da visão é ano a ano, até que, por volta de 60 anos ela estabiliza.

As pessoas hoje vivem mais e necessitam de boa visão de perto, para terem qualidade de vida satisfatória.

Assim, existem opções para os présbitas enxergarem para perto, todas necessitam de uma consulta oftalmológica, a saber:

- óculos, lentes de contato e cirurgia.
O óculos é a forma mais fácil e prática para corrigir o déficit visual causado pela presbiopia.

De acordo com o Dr. Marcus Vinicius A. Safady, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, uma regra é importante na definição do grau: sempre indicar uma adição menor possível, que seja capaz de corrigir a visão de perto do paciente. Adições mais fortes que o necessário são sempre desconfortáveis para o paciente, não importando o tipo de lente dos óculos (monofocal-só para perto, bifocal-para perto e para longe/para perto e para meia-distância ou multifocal-para perto, meia distância e longe) que ele irá utilizar. Ainda segundo ele, o medico oftalmologista também auxiliará na escolha do tipo de lente que o paciente irá utilizar. São levados em conta dados da história do paciente e expectativas, hábitos de leitura, ambiente de trabalho e sua ergonomia visual. Hoje em dia no Brasil, perto de 60% das correções de presbiopia em pacientes, são feitas através de lentes progressivas (multifocais), que por suas características de construção são as mais completas – corrigem perto, meia distância (computador) e longe.

As lentes de contato são outra opção. O oftalmologista poderá indicar o uso. Importante é fazer testes para ver se o paciente se adaptará com as lentes nos olhos e também para aprender a manusear as lentes, limpá-las, coloca-las e retira-las, atos que exigem treino.

Com relação a cirurgia, existem estudos para desenvolver uma técnica segura e que resolva definitivamente a presbiopia, pois as de hoje, ainda não correspondem com as expectativas dos pacientes e seus resultados são questionáveis.

Conselho:
Troque ideias com seu oftalmologista sobre a presbiopia, o uso dos óculos e lentes de contato. Leve as perguntas em um papel para ter resposta sobre tudo o que quer saber. Faça testes com as lentes de contato, se é o que pretende.

Depois, converse com o óptico para ver os modelos das armações e os tipos de lentes multifocais, bifocais, e também para saber sobre os preços, que variam muito.

Autoria
Regina de S. Carvalho